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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Revista Marrie Claire - Janeiro/2010

Deixo abaixo para vocês a matéria de capa da revista Marie Claire, edição 226 - Janeiro/2010, a Fernanda está na capa, vejam a matéria, entrevista e fotos:

Ela não faz exatamente o tipo mulherão cheia de curvas. Mas Fernanda Lima é sexy. Sua sensualidade está no jeitinho de menina levada, no sorriso meigo e, principalmente, no olhar intenso, que às vezes se desvia no meio da conversa, revelando uma certa timidez. “Acho que toda mulher se sente sensual em algum momento, com uma roupa justa, na noite”, diz. Não por acaso Fernanda foi escolhida para apresentar o programa Amor e sexo, no ar em outubro e novembro e cotado para voltar à grade da Globo em 2010. Aos 32 anos e “bem mais madura”, como se define, ela fala de sensualidade e de qualquer tema relacionado a sexo sem nenhum constrangimento. “Confesso que achei que fosse ficar apavorada, mas não aconteceu. Foi tranquilo. Falar de sexo é fácil!” Aproveitamos então para fazer perguntas picantes e íntimas. Ela topou, com a condição de nos avisar se ficasse embaraçada — o que não aconteceu durante toda a conversa.

Marie Claire Com que idade você perdeu a virgindade? Como foi?

Fernanda Lima Aos 15 anos, com um namorado. Foi especial, nós programamos uma viagem, foi tudo certinho, ainda bem [risos]!

MC Como foi a sua descoberta do orgasmo?

FL Quando a gente é muito jovem, acha que sabe tudo, que já sentiu de tudo. Mas aí, quando acontece mesmo, tu percebe, né? Eu sempre fui mais adiantada do que as meninas da minha idade porque comecei a carreira de modelo cedo, viajava muito, tinha outras referências e acabei me envolvendo com gente mais velha, de cabeça mais aberta do que aqui no Brasil. Então, acho que nesse aspecto eu até andei um pouco mais rápido do que as minhas amigas. Não sei se descobri o orgasmo antes delas ou depois, porque ninguém fala muito de quando aconteceu pela primeira vez, né? Mas eu já estou com 32, tenho 17 anos praticando, hoje me considero mais satisfeita em relação ao sexo e ao prazer.

MC Você já traiu? Já foi traída?

FL Provavelmente já fui traída. E traí também. Acho que há relações que não são tão sérias e isso a gente só vê depois. Eu namorei várias vezes, mas hoje vejo que os namoros eram quase uma brincadeira, sabe? Vendo hoje, falo: “É claro que aquele cara me traiu”, “É claro que eu aprontei mil coisas”. E acho que a traição acontece por diversas razões, não existe uma causa só. Pode ser por aventura, por carência ou até por molecagem.

MC Tem alguma fantasia sexual?

FL Ai, até tem, mas na hora de falar eu nunca lembro. Hum... Eu não sou muito de loucuras no sexo, sou bem pele, sabe [aperta o braço com a mão]? Bateu, rola. O Rodrigo [Hilbert, ator e marido dela] gosta de acender umas velas, colocamos uma música... Deixar a TV ligada também não dá, é muito corta-clima!

MC E as preliminares?

FL Adoro massagem! Acho que é uma ótima desculpa para começar qualquer coisa. Adoro fazer e adoro receber.

“Tudo é inspiração para o sexo: Um filme, um olhar, Um vento diferente”

MC Tem alguma posição preferida?

FL Todas! Vou de papai-mamãe até as mais piranhas, acho que tudo vale a pena. Tudo é inspiração para sexo, um filme, uma cena, um batom, uma comida, um olhar, o cheiro, um vento diferente. Viajar é uma ótima inspiração para o sexo.

MC Qual foi sua maior loucura sexual?

FL Ah, transar na praia, dentro do carro... Na verdade eu sou mais tradicional para essas coisas, adoro um lençol bem limpinho, com ar condicionado, travesseiro fofinho. Tem lugares que as pessoas fantasiam que para mim não daria, sabe, tipo uma festa. Tem de se trancar no banheiro, fazer rapidinho, com pressa porque o povo vai ficar batendo na porta com raiva, para entrar [gargalha].

MC O sexo muda com o casamento?

FL Muda pela rotina, porque a pessoa está ali todos os dias, o casal tem mais intimidade. O sexo não é mais novidade. Por isso é preciso estar sempre ligado para não esfriar a relação. Às vezes, quando tu vê, a pessoa acorda, vai pra um lado, você vai pra outro e ainda não trocaram um beijo, sabe? A gente faz um exercício lá em casa de sempre parar e prestar atenção se, no meio da correria, um está prestando atenção no outro. Eu sempre sou quem mais chama para conversar. Hoje, por exemplo, achei que o Rodrigo tava meio distante, aí fui conversar e descobri que ele estava irritado porque eu tinha desligado o ar condicionado de madrugada e ele passou calor a noite toda [risos]! É uma bobeira, mas se a gente deixa passar, o casal se afasta, aquilo vira uma bola de neve e acaba em separação. E o sexo faz parte dessa sintonia.

MC E com os filhos?

FL Muda, claro, a rotina fica ainda mais corrida. E agora, com eles ainda pequenos, é normal que nosso foco esteja nas crianças. Mas isso não me preocupa, porque acho que o principal é tu saber que gosta de transar com aquela pessoa. Nada me incomoda naquela pessoa ou naquela relação. A gente tem de lidar com filhos, trabalho, com as coisas todas do dia-a-dia. Mas a gente faz o sexo que a gente gosta, a gente fala só o que gosta, a gente faz só o que gosta. Não tem nenhum momento em que eu tô ali e falo: “Ai, que saco”. Então, quando acontece, é bom. E quando não acontece não tem estresse, porque vai acontecer quando for para acontecer. Nem sempre dá pra ser tudo bem. Acho que é sensacional tu estar com uma pessoa de quem gosta, que te dá prazer. O resto se ajeita.

MC Você sentiu o tão falado aumento da libido durante a gravidez?

FL Eu não vivi nada dessa belezura que dizem, não. Nem de libido. Mesmo porque eu enjoei pra caramba. Teve sexo, sim, mas eu contei muito mais com a paciência do Rodrigo do que qualquer outra coisa. Enjoei muito, tomei remédio, me sentia pesada, cansada... E ele foi superparceiro. Para a minha sorte, o Rodrigo também não é um cara que acha mulher grávida um tesão. Ele ficava meio aflito, “Será que vai machucar, vai pegar nos bebês?” [risos]. Mas foi tranquilo. Ele foi muito compreensivo.

MC Tem alguma parte do seu corpo que não te deixa confortável durante o sexo ou de que você não gosta?

FL Não... não tenho muito pudor com nudez, até porque não acredito que exista um modelo de perfeição. Não vou ficar perseguindo isso em nome de um sexo bom.

MC Mas tem uma parte do seu corpo de que você mais gosta?

FL Acho que é o colo, os ombros.

MC E do corpo do Rodrigo, do que você mais gosta?

FL Gosto de tudo! Mas acho que as pernas. O Rodrigo não é um cara musculoso, barriga tanquinho. Ele é um cara normal, faz exercício por prazer, não para ficar sarado.

MC Você é ciumenta?

FL Eu acho que sou ciumenta na medida... na medida em que o cara me provoque [risos]. Como eu e o Rodrigo ficamos muito em casa, temos uma vida bem tranquila, não tem espaço pra esse tipo de coisa. Claro que eu fico com ciuminho se vejo uma mulher dando em cima, olhando demais, é sem noção, né? Mas o Rodrigo é tranquilo, ele não dá trela. A gente já tem muita exposição, as pessoas já ficam mais de olho, mas ele realmente não me dá motivos.

MC E ele?

FL Ele tem ciúme se eu usar uma roupa muito curta, decotada,se ele não estiver por perto. Mas, em geral, não é ciumento porque eu também não dou a menor trela, não fico provocando. Eu não bebo, então parte daquela tensão de sair do controle já fica fora.

MC Quando você se sente sensual?

FL Quando tomo sol, quando estou malhando, fazendo yoga, que eu acho que meu corpo está bom, quando estou comendo as coisas de que gosto. Se eu passo um dia comendo junk food, fico péssima, me sinto inchada. E quando estou perto da natureza. Ah, e com uma roupa justa, na noite.

MC Você disse numa entrevista que aprendeu que, no sexo, qualidade é melhor do que quantidade. Qual é essa diferença?

FL Ah, acho que é aquela coisa de achar que transar todo dia é que é o ideal, que é melhor do que uma vez por semana bem feito. O que não é verdade, né? Tem também aquela ansiedade com a performance, de ficar preocupada: “Será que está bom, será que ele tá gostando?” E eu? Será que estou mais preocupada em controlar a situação do que em aproveitar? Acho que é mais essa diferença. Quando tu vai ficando mais velho, vai dando mais valor realmente à qualidade do sexo. O que importa é fazer com a cabeça presente.
Fotos: Reprodução/Marie Claire

Styling: Tina Kugelmas e Paula Lang/Cabelo e maquiagem: Alê de Souza
Produção de moda: Cintya Misobuchi/Assistente de foto: daniel assis
Fernanda Lima veste maiô Lenny


Jefferson Ricardo

1 Comentário:

Anônimo disse...

Nossa! Que entrevista hein!
Adorei!

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